quinta-feira, 1 de novembro de 2012



Desviei o olhar daqueles olhos e escondi a minha face no pescoço dele. Senti-me corar. Era de facto o rapaz mais bonito que eu alguma vez vira, com um corpo igualmente belo. Forte, esguio, perfeito... e eu podia, podia tocá-lo, podia te-lo, era meu. O desejo aumentava. Sentia-me nervosa, as mãos tremiam-me ao passarem sobre o seu peito escultural. A pele era quase dourada e toda ela exalava o cheiro dele, forte como o seu corpo, e viciante, capaz de me levar ao delírio. Sentia-me noutra realidade, beijei-lhe o pescoço demoradamente, provando, sem pressas. Passei para a clavícula e deixei o melhor para depois. Os lábios. A minha língua contornou toda a extensão da boca dele e mordi-lhe levemente o lábio inferior, senti-o tremer debaixo de mim. A minha cintura foi arrebatada logo de seguida por umas mãos fortes e familiares, fazendo com que os nossos corpos se unissem mais e mais. Mas parecia não chegar. Ficámos comprimidos um no outro, tentando acabar com todos os odiosos milímetros que nos pudessem separar. As bocas mantinham-se unidas no meio do abraço sufocante. Não conseguia racicionar, só sabia que não queria perde-lo por nada deste mundo. Amava-o, mais do que tudo, mais do que aquilo que se possa imaginar.
Adormecemos como um só, naquela noite inesquecível.