domingo, 9 de junho de 2013

 

   Agora, olhando para trás, apercebo-me que realmente foi tudo imperfeitamente perfeito. Lembro-me de quando chegaste, vestido de branco e azul, e lembro-me perfeitamente da vontade que senti de te beijar, mesmo ali à frente de todos, mas não podia, fiz um grande esforço, controlei aquela vontade insana de te ter só para mim, quando no fundo ainda não eras meu.

    Saímos do restaurante e ficámos os dois, finalmente só os dois.
   Era uma noite agradável de Março, e ali estávamos nós, sentados num banco (que agora sei que foi escolhido de propósito, só porque havia flores mesmo ao lado). O desejo envolvia os dois, uma felicidade inexplicável, um sentimento único... E depois de bastante tempo, dei por ti a levantares-te e a erguer o meu corpo à altura dos teus olhos fazendo com que os meus pés assentassem no banco, fiquei um pouco mais alta que tu. Fechaste os olhos e começaste a rir, balbuciaste qualquer coisa como "como é que eu digo isto?", e depois disseste-o, disseste mesmo, diretamente nos meus olhos, e eu durante alguns segundos parei de respirar para logo a seguir responder que sim, com toda a convicção possível e aceitar a flor branca que tinhas na mão. Abracei-te com força e tu fizeste o mesmo, fiquei ao teu colo o resto da noite. Choveu imenso depois disso, mas ficámos os dois no mesmo banco, debaixo do teu casaco de cabedal, ignorando a chuva que não parava de cair.


Amo-te


 

terça-feira, 28 de maio de 2013


Custa-me passar em frente á tua antiga casa, aliás para mim continua a ser tua, ainda não consigo passar por lá e associar aquela casa a outras pessoas, mesmo sabendo que não vives lá.
 Eu não quero tornar tudo mais difícil, mas dói quer eu queira ou não. Já não te tenho aqui sempre que quero e isso faz-me sentir um bocadinho vazia, desamparada… Não estou habituada. Sinto que levaste qualquer coisa de mim quando foste embora.
A verdade é que isto não é o mesmo sem ti, não é mesmo... Hoje quando passei por lá, estavam a pintar a casa, já pintaram o teu quarto e isso fez-me alguma confusão. A parede azul deixou de ser azul e já não tem frases escritas a giz, nem o vinil, nem os posters…
Desculpa por estar a escrever isto, mas quando vi aquilo deu-me tanta vontade de correr lá para dentro e pedir que parassem, deu-me tanta vontade de chorar e só depois me apercebi da figura idiota que estava a fazer: parada na rua a olhar para uma casa, com os punhos cerrados ao lado do corpo e com os olhos inundados por duas lágrimas enormes. O que é que eu estava a fazer? Pois, também não sei.
Tu fazes-me falta, e eu vou ter sempre saudades tuas, todos os dias.
És a melhor do mundo, por favor nunca te esqueças disso.

terça-feira, 9 de abril de 2013


Não me sinto merecedora de tudo isto. É demasiado bom. Fez com que as coisas más desaparecessem, assim como aquele sofrimento ridículo, o qual posso afirmar sem medos: já não existe. Foi um alívio, uma sorte, uma enorme felicidade, uma surpresa e acima de tudo: um amor pelo qual eu não estava à espera. Surgiu assim, sem aviso prévio.

O prazer e a felicidade de me sentir acarinhada por alguém que realmente gosta de mim é das sensações mais inigualáveis que existem. Hoje em especial sinto-me segura e feliz, recordo cada beijo, cada palavra, cada olhar, cada carinho... E tento guardar tudo com o maior dos cuidados, porque não quero que nada disto se perca.

“Sempre que me olhas nos olhos dás-me mais uma certeza daquilo que quero, e eu… Eu quero-te a ti, sem sombra de dúvida.”

domingo, 10 de março de 2013

sábado, 2 de março de 2013


Ainda não acredito.

A noite passada foi simplesmente horrível, primeiro a notícia, a confirmação, depois aquela casa, as lágrimas... E ainda me sinto em choque, ninguém podia prever uma coisa assim, acho que ainda ninguém acredita no que aconteceu. Pela primeira vez na vida vi o que é sofrer realmente e não é fácil, nada fácil de ver.
Estive toda a noite calada sem saber que palavras devia ou não dizer, as pessoas passavam por mim e ponham-me a mão no ombro ou simplesmente desviavam o olhar, tentando talvez assim evitar mais lágrimas. Custou mais do o que se possa imaginar. Os gritos, os desesperos, ver toda a gente daquela forma... foi esgotante.
Não é justo que ele tenha partido assim, deixou-nos sem aviso. E eu não consigo entender o porquê, porquê agora? Porquê ele? Não consigo que isto entre na minha cabeça, porque não pode ser possível.



Para mim estarás sempre vivo, dentro dos nossos corações e das nossas memórias. Porque isso ninguém nos pode tirar, nunca.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013


"(...)Se me voltasses a perguntar, eu diria que sim. Eu esperaria por ti. O tempo que fosse preciso."
03/2012

Foi precisamente esta a resposta que não te dei. A razão falou por si, abafando a vontade do meu coração. Mas fica sabendo: o que eu mais queria eras tu.
Inconscientemente o que eu mais quero, ainda és tu, mas como te disse, não podia, nem posso, esperar para sempre. Se bem que agora de nada adiantaria esperar.