terça-feira, 28 de maio de 2013


Custa-me passar em frente á tua antiga casa, aliás para mim continua a ser tua, ainda não consigo passar por lá e associar aquela casa a outras pessoas, mesmo sabendo que não vives lá.
 Eu não quero tornar tudo mais difícil, mas dói quer eu queira ou não. Já não te tenho aqui sempre que quero e isso faz-me sentir um bocadinho vazia, desamparada… Não estou habituada. Sinto que levaste qualquer coisa de mim quando foste embora.
A verdade é que isto não é o mesmo sem ti, não é mesmo... Hoje quando passei por lá, estavam a pintar a casa, já pintaram o teu quarto e isso fez-me alguma confusão. A parede azul deixou de ser azul e já não tem frases escritas a giz, nem o vinil, nem os posters…
Desculpa por estar a escrever isto, mas quando vi aquilo deu-me tanta vontade de correr lá para dentro e pedir que parassem, deu-me tanta vontade de chorar e só depois me apercebi da figura idiota que estava a fazer: parada na rua a olhar para uma casa, com os punhos cerrados ao lado do corpo e com os olhos inundados por duas lágrimas enormes. O que é que eu estava a fazer? Pois, também não sei.
Tu fazes-me falta, e eu vou ter sempre saudades tuas, todos os dias.
És a melhor do mundo, por favor nunca te esqueças disso.