domingo, 12 de abril de 2015

Sinto o coração na minha cabeça, cada baque faz com que eu estremeça. A dor é mais forte a cada batida e não pára. 
Os meus olhos são da cor do sangue e o meu rosto está completamente encharcado. Estou tão cansada. Farta desta tristeza e do choro que não pára. Já nem preciso de chorar, mas as lágrimas caem na mesma. Lágrimas de cansaço...
Olhei de frente para o espelho e deparei-me com uma estranha, bastante mais velha do que eu.
Limpei as lágrimas e deitei-me no sofá.

O telemóvel começou a tocar, ignorei. Ouvi alguém dizer o meu nome ao longe, mas como ultimamente a minha mente é um novelo de informação sem nexo, não liguei.
Bateram à porta. O telemóvel estava outra vez a tocar. Ergui-me do sofá e dirigi-me à porta. Evitei olhar o espelho da entrada, prendi o cabelo e tentei um sorriso.
Assim que abri a porta e vi que era ele... bem, a minha vontade era sorrir a sério e abraça-lo mas comecei de novo a chorar. Foi ele que me abraçou.


Hoje foi mais uma despedida. 
Obrigada por me tirares um pouco desta melancolia, mesmo que tenha sido apenas por uns meros minutos.
Sabes que te amo.