sábado, 7 de abril de 2012



Os olhos dele fecharam-se mais uma vez, mas os cantos da boca ergueram-se só para mim. Um quadro perfeito, demasiado belo… sentia-me tão feliz, tão tranquila.
Ele abriu os olhos muito devagar, estava mais perto de mim, o azul era tal e qual como me lembrava, um azul calmo e profundo. Aqueles olhos não largavam os meus, perdi a noção de tudo, do tempo, do lugar, só existíamos nós. Estávamos ainda mais próximos, ele voltou a fechar os olhos e deitou a cabeça no meu ombro, inspirou com força e depois suspirou, voltou a inspirar… deu-me uma vontade de rir enorme e sem querer soltei um riso baixinho. Ele reagiu e falou para o meu pescoço, com a voz abafada e cansada: “o que foi?”, “nada, só não adormeças”, “hm…não…adoro o teu cheiro…”, inspirou mais uma vez e beijou-me o pescoço, um beijo leve. Um dos braços que envolvia a minha cintura soltou-se, a mão dele procurou a minha e não a largou depois de a encontrar.
Senti um sorriso a formar-se no meu rosto, a razão? Esta escrita…





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